A bitcoin é o nome de batismo de uma criptomoeda que teve um enorme impacto quando foi libertada na Internet e também todo o conceito e tecnologia em seu redor foi alvo de pura análise e investigação nos últimos anos. A aceitação desta criptomoeda foi de tal maneira exponencial que se refletiu de imediato na sua crescente valorização no mercado [1].
Uma das tecnologias base da bitcoin é a blockchain, que representa uma solução efetiva para resolver o problema das transações duplicadas (double-spent) numa rede de pares (peer-to-peer ou p2p). No jargão do bitcoin, a blockchain não é mais que um ledger (um ‘livro-razão’) que guarda o registo de todas as transações ocorridas na rede. Esta tecnologia apareceu de facto na altura certa. Ela permite a implementação de sistemas descentralizados em redes p2p sem a necessidade de uma trusted third party como forma de validar transações ou ações num dado ecossistema. Ao invés disso, cada par na rede possui uma cópia do livro-razão onde consegue efetuar todas as validações necessárias sem a necessidade eminente desse terceiro nó de comunicação onde supostamente estaria localizado unicamente o “livro-razão”.
Por exemplo, quando o Bob decide efetuar uma transação de 50 BTCs (bitcoins) para a Alice, a transação fica registada na blockchain sem a necessidade de ter que passar por um “banco-central” validador. A transação é automaticamente auditada na rede por todos os nós que a compõem.
Essas transações são armazenadas na cadeia de blocos. Esses blocos têm a seguinte estrutura [2].
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