Segundo a Wikipédia a palavra hacktivismo vem da junção entre Hack e Activism (Hacktivism em inglês), e nos últimos tempos tem sido bastante usado por muitos. Em cerca de um mês e meio a Sony foi atacada pelo menos quatro vezes, e pelo menos inicialmente o suposto motivo era o hacktivismo, e a Sony chegou mesmo a acusar o grupo Anonymous referiram que nada tinham a ver com o roubo de informação de clientes da Sony.
Ainda no ano passado este grupo de Hackers e Activistas tinha sido notícia pelos ataques perpetrados contra servidores das empresas que tinham retirado o apoio ao Wikileaks, como a Amazon, Visa, MasterCard, PayPal, até o banco suíço PostFinance onde estava a conta de doações do Wikileaks depois de ter cancelado a conta de Julian Assange foi atacado. Também membros do senado Norte-Americano e do Ministério Público Sueco foram atacados com a mesma razão.
Recentemente veio a público que o Departamento de Defesa Norte- Americano pretende avançar com a retaliação aos ataques cibernéticos com armas convencionais, que poderão ir até ao lançamento de mísseis. Sim, leu bem, em último caso poderão ser lançados mísseis contra este tipo de criminosos. Mas a grande questão, é como terão eles a certeza da identidade do criminoso, e quantas serão as vítimas inocentes. Todos nós conhecemos maneiras mais ou menos eficazes de ocultar a nossa identidade completamente na Internet, ou pelo menos tornar a sua descoberta muito mais difícil. Mas o Departamento de Defesa Norte- Americano parece ter uma plena confiança nas suas capacidades para detectar estas origens, o problema será quando surgirem as mortes de inocentes…
O primeiro grande ataque conhecido, foi o worm anti-nuclear WANK, em 1989, que atingiu agências americanas como a NASA, o Departamento de Energia, entre outros. Mas não é só lá fora que isto acontece, em 1997, um grupo português atacou sites da Indonésia, incluindo sites governamentais e militares, pelo facto de a Indonésia ter invadido Timor Leste. Esse mesmo ataque foi repetido um ano mais tarde, em 1998. Este foi sem dúvida um dos primeiros grandes ataques massivos na história da internet. Será que no futuro em vez de armas nucleares ou termonucleares, teremos que temer a Internet por ser a melhor arma de destruição de países? Ou nunca chegaremos a este ponto?
NR: Quero desde já agradecer ao Igor Nunes por ter aceite o cargo de editor da Revista PROGRAMAR, e desejo-lhe um óptimo trabalho.
António Silva