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Artigos da secção “Tecnologias”.

Bioinformática – O lado do programador

Problemas e Soluções

No seguimento do artigo “Introdução à Bioinformática” (11ª Edição da PROGRAMAR), no qual abordei a existência desta área da Informática (e da Biologia), passo agora a exemplificar, em termos mais práticos, as ferramentas e técnicas mais populares, que são diariamente usadas por milhares de cientistas.

Relembrando, Bioinformática define-se como o aplicar de técnicas de Matemática Aplicada, Informática, Estatística e Inteligência Artificial a problemas concretos de Biologia e/ou Bioquímica. Entre os problemas mais comuns, temos o alinhamento de sequências de DNA, a procura de genes (por associação e prévio conhecimento de outros), a assemblagem de genomas, a predição de estruturas de proteínas (secundárias, terciárias e quaternárias), bem como outras áreas menos “moleculares”, como a evolução.

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Programação Saudável

Toda e qualquer profissão tem os seus riscos associados. Uma frase tão simples como esta pode causar controvérsia junto dos menos informados. Senão vejamos; que risco pode correr um empregado de escritório, cuja rotina é estar sentado numa cadeira a teclar no seu computador pessoal? Bem, de facto, o risco imediato para a sua saúde é, pelo menos num país pacífico, reduzido, senão quase nulo. Ora, comparando com um militar destacado, ou um taxista, ou um segurança de discoteca, esse mesmo empregado de escritório tem um grau de risco no seu emprego fútil. Contudo, todo este risco é a curto prazo, no imediato. E a médio/longo prazo? Quem correrá mais riscos? Será o militar, que se exercita todos os dias e cumpre uma rotina activa, ou será o empregado de escritório, sempre sentado na mesma posição, a forçar os mesmos movimentos e a aguentar horas e horas a olhar para um monitor? E o que tem esta introdução que ver com uma revista de programação? Bem, o leitor verá, caso trabalhe, que, como programador, tem um estilo de vida profissional demasiado semelhante ao do mero empregado de escritório. Quiçá até, dada a freneticidade muitas vezes tida como eficiente, o programador sofrerá mais, a longo prazo, que o tal empregado. Mas porquê?

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Introdução à Bioinformática

Introdução

Com o desenvolvimento da biotecnologia nas últimas décadas, houve uma quantidade massiva de informação que encontrou casa nas bases de dados espalhadas pela Internet. Para lidar com esse influxo gigantesco de informação, (só na Pubmed há mais de 3.2 biliões de artigos (mais de 5.96 PetaBytes) e o BLAST tem mais de um bilião de fragmentos de genes) foi necessário recorrer à tecnologia informática, não só para a armazenar e tornar disponível em formatos organizados, como também para fornecer ao investigador em biociências ferramentas que lhe permitissem lidar com essa informação de forma eficaz. Desta forma, nasceu um ramo comum à informática e às ciências biomédicas designado Bioinformática.

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