Quem quer que já tenha programado em C++, decerto já possui conhecimento suficiente da linguagem e das bibliotecas padrão para ter familiaridade com os seus múltiplos paradigmas. Objectivamente, o C++ é uma linguagem complexa e muito abrangente: permite facilmente programação procedimental (que muitos chamam programar a la C), permite o uso de polimorfismo, tanto dinâmico como estático, e finalmente, permite também metaprogramação. Na realidade, C++ pode ser igualmente utilizado tanto por iniciados como por peritos, possui um certo grau de flexibilidade, uma sintaxe por vezes particularmente dúbia, e de uma curva de aprendizagem desproporcionalmente íngreme para os programadores mais ambiciosos.
São as imperfeições, as limitações, e as potencialidades sub-aproveitadas da linguagem que levam a Comissão do Padrão de C++ a reformá-la quando necessário. Entre as figuras mais proeminentes desta Comissão, encontra-se por exemplo, o autor da linguagem, Bjarne Stroustrup, bem como diversos profissionais de tecnologias de informação que trabalham com, ou para, diversas empresas que ao longo dos anos têm promovido a linguagem e proposto extensões. Para tornar o C++ uma linguagem mais intuitiva e de mais simples aprendizagem, e ao mesmo tempo manter compatibilidade com código existente, eis algumas das muitas interessantes alterações e novas funcionalidades que nos esperam.